Fogueira/sarau de abertura!

// ATENÇÃO!!! // MUDANÇA DE LUGAR!!! //
A fogueira e o sarau de abertura da I-FLIFEA/POA vai acontecer na PRAÇA DO AEROMÓVEL, não mais na Praça do Tambor – por causa de um evento de outro teor que vai acontecer na Praça do Tambor, o qual desconhecíamos. Avisa as amigas!

Bruxarias

Para começar os trabalhos da 1ª Feira do Livro Feminista e Autônoma sintonizadas entre nós e com as forças que nos movem nesta caminhada de autonomia e liberdade, nada melhor do que abrir nosso encontro com uma fogueira na qual possamos compartilhar nossas artes e bruxarias. Convidamos todas aquelas que se sentirem convocadas por esta chamada a virem compartilhar seus conhecimentos e suas potências neste momento, trazendo e declamando as ideias escritas ou transmitidas oralmente, criações nossas ou de outras que nos acompanham na nossa luta. A proposta é nos reunir em volta do fogo levando nossas palavras e práticas de resistência, nos reconhecendo mutuamente, aprendendo com as nossas diferenças e valorizando nossos conhecimentos.

Sexta-feira, na Praça do Aeromovel (ao lado da Usina do Gasômetro, na rua João Goulart), a partir das 18:30 começaremos a preparar o lugar, e a partir das 20h iniciamos os trabalhos. Traga sua lenha, sua arte, sua mandinga e aquilo que você quer queimar neste fogo renovador. Se chover, comunicaremos no dia o lugar que acolherá nosso encontro, fica ligada.

Ps: este momento é exclusivo para todas as mulheres, pessoas trans (binárias e não binárias), não sendo bem vinda a participação de homens cis (pessoas que foram identificadas como homens ao nascer e seguem se percebendo e sendo percebidos como homens na vida).

Rifa

Fazer a FLIFEA acontecer de maneira autônoma nos gera alguns gastos, para garantir  nosso conforto com uma infra mínima, materiais para oficinas y otras cositas más que vão sendo necessárias aqui e ali. Para levantar uma grana, estamos vendendo uma rifa que será sorteada no final da Feira, sorteando cinco prêmios oferecidos por nós mesmas, a partir das nossas habilidades, com muito carinho.

O número da rifa custa R$ 3, e se tu compra dois, leva por R$ 5!

Estaremos vendendo durante a FLIFEA, e também durante a janta pré-feira que acontecerá nesta terça-feira (27/10) no Café Bonobo.

Os prêmios da rifa são:

  1. Um combo de zines feministas;
  2. Uma cesta de deliciosas comidas veganas;
  3. Uma cesta de cosméticos naturais;
  4. Um livro Tesouras para Todas;
  5. Uma sessão de Bodytalk;

VEM, MANA! TE INTERA!

feira loba

*esse post vai ser atualizado, fica ligada!

Estamos a poucos dias de começar a I FLIFEA-POA! Prontas? Vamos dar algumas dicas e informações sobre essa reta final:

//ALOJAMENTO SOLIDÁRIAS//

Para facilitar a vinda de manas de outras localidades, estamos fazendo a ponte entre aquelas que tenham em suas casas um espacinho para receber, e outras que precisem de um canto aqui em Porto Alegre durante os dias da feira. Se você precisa deste espaço ou tem ele para disponibilizar, fala com a gente! No caso de estar disponibilizando, escreve pra nós em que parte da cidade é, quantos lugares tem disponíveis, e quais as condições (se precisar levar colchão, saco de dormir, etc).

// GRUPA DE ACOLHIMENTO //

Sendo autogestionada, a I FLIFEA-POA conta com mulheres que se dispõem a ”acolher” dúvidas sobre a programação, os locais, as medidas de segurança, entre outras coisas. Neste sábado, 24/10, vai rolar uma encontra dessa grupa.

// MONTAGEM E ENSAIO DE AÇÃO NO DIA 02.11 //

Queremos tomar a rua pra mostrar nossas resistências diante de todos os golpes do patriarcado. Estamos em processo de montagem e ensaio de uma ação coletiva no dia 2 de novembro, que é o último dia da I FLIFEA-POA. Neste domingo (25/10) durante a tarde vai rolar uma encontra pra cri-ação desse ato.

// RANGO COLETIVO //

Autonomia e autogestão com certeza passam pela comida e não teríamos motivos pra que cada uma coma ‘no seu quadrado’ durante a Feira. Pra isso, a grupa organizadora vai garantir fogo e panelas, mas contamos com todas as pessoas que irão compôr a I FLIFEA-POA pra compartilhar e cozinhar o rango. Traz arroz e/ou lentilha e/ou legumes (alimentos rápidos de preparar e acessíveis) pra gente celebrar todas juntas um rangão no almoço e o que mais tu quiser pra dividirmos ao longo do dia – e não esquece dos pratos e talheres também!

Chamada de cartazes

A divulgação da 1ª Feira do Livro Feminista e Autônoma de Porto Alegre, assim como toda sua construção, está aberta para receber colaborações de todas aquelas que se sentirem chamadas a somar nesse processo. Estão todas convidadas para criar, compartilhar sua arte e ajudar a convocar outras para este encontro que vai rolar do dia 30 de outubro ao 2 de novembro de 2015!

Mande sua arte!

Se for possível em formato png ou jpeg (pensando em impressão de cartaz em tamaho A3)

chamada cartaz

1ª Feira do Livro Feminista e Autônoma de Porto Alegre!

Partimos das nossas diferentes experiências para fazer um chamado à construção da 1ª Feira do Livro Feminista e Autônoma de Porto Alegre, entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro de 2015. Um espaço que se proponha a ser coletivo e plural na escuta e nas expressões das nossas diferentes vivências feministas, onde possamos nos encontrar para a troca de publicações, materiais, ideias e saberes. Esta é uma iniciativa feminista para afirmar a nossa presença no tempo e na história, problematizando o que é dito, como é dito e por quem é dito. Por isso a feira se posiciona de maneira autônoma em relação ao mercado editorial, ao estado, ao capital e a todos os lugares onde o patriarcado se reproduz. Arranquemos os tentáculos das esferas institucionais que produzem mentes e corpos!

Vemos numa feira a possibilidade de trocas na presença, um encontro que faça florescer resistências e circular ideias. Propomos fazer isso especialmente a partir dos livros, para que nossas palavras tenham eco para além da solidão e virtualidade das telas. A experiência do encontro e a materialidade do livro nos transformam, gerando outras relações com a vida e com as ideias que fazemos dela: é preciso lembrar, imaginar e criar. A escrita é uma linguagem privilegiada para registrar nossa memória de resistência, e daquelas que já percorreram caminhos similares antes de nós, lutando assim contra o apagamento e silenciamento das nossas vozes. Por isso fazemos esta feira: para (re)editar livros, conversar sobre eles, escrever, traduzir… Recuperando historias, contando as nossas próprias, resgatando conhecimentos, criando novos mundos.

O impulso de compartilhar e debater através da escrita tem movido feministas a gerações como forma de resistência e construção de autonomia. Não podemos ignorar ou esquecer experiências que são fortes, nem sempre fáceis de contar porque também carregam dor. Incontáveis mulheres foram reprimidas, censuradas, perseguidas e mortas pelo que escreveram ou pelo que foi escrito sobre elas em livros. Uma imagem importante usada ao longo da história para este fim foi a da bruxa, um símbolo que continua sendo construído de forma a justificar violências misóginas. A bruxa está associada a figuras femininas que se dedicam a compartilhar conhecimento, caçadas por promover espaços de encontro nos quais seus saberes são transmitidos, e incriminadas por serem mulheres que se relacionam de outra forma com seus corpos, sua saúde, sua sexualidade. São aquelas que colocam em risco a ordem vigente e não servem ao processo do capital: elas têm poder sobre si mesmas.

Mecanismos de poder buscam sistematicamente assimilar as diferentes formas de existir, cercando as ideias, os espaços e os corpos para que se enquadrem dentro de um sistema que perpetua múltiplas opressões. Apesar disso, a resistência continua acontecendo através de práticas autônomas ao estado, ao mercado, ao patriarcado. Construímos coletivamente nossa autonomia fortalecendo mecanismos de apoio mútuo, compartilhamento de conhecimentos, autodefesa e confiança em nós mesmas.

Este é um chamado para aquelas que desejam construir esta Feira do Livro Feminista e Autônoma horizontalmente, com corresponsabilidade e cuidado para garantir encontros e vivências a partir das diferenças e construir autonomamente os meios para que mulheres se encontrem e troquem entre si.